Reajuste dos professores é direito garantido e deve ser cumprido

Categoria cobra cumprimento da Lei da Dobra do Poder de Compra, de 2013

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) afirmou ser legítimo o movimento grevista dos profissionais da Educação do Estado, que terá início a partir da próxima segunda-feira (27). Uma das principais reivindicações dos profissionais diz respeito à Lei da Dobra do Poder de Compra, aprovada em 2013 e que dá direito a cerca de 7% de reajuste a mais anualmente na remuneração dos professores, além da RGA, durante 10 anos.

O Executivo dá sinais de que, em função das dificuldades de caixa do Governo, não deverá conceder o reajuste.

“Não são benefícios, são direitos garantidos em lei. A RGA está na Constituição e a lei que estabelece a dobra do poder de compra foi objeto de muita discussão, inclusive acompanhada pelo MPE, pela Procuradoria Geral de Justiça. Isso se tornou uma lei e o Governo tem que cumprir”, disse Barranco.

Na avaliação do petista faltou diálogo do governador Mauro Mendes (DEM) com os profissionais da Educação, de modo que o movimento grevista tornou-se algo “incontornável”. Todavia, Barranco admite que a greve é um “atraso” e traz uma série de prejuízos a todos os envolvidos no movimento.

“Acho que o governador Mauro Mendes deveria ter tido mais paciência, mais disposição ao diálogo. E agora vejo que a greve é incontornável. A greve está decidida, a partir de segunda-feira as escolas irão parar e as consequências certamente serão muito ruins”, disse.

“A greve não interessa a ninguém, nem aos estudantes, nem aos professores - que depois vão ter que repor as aulas -, não interessa à sociedade, não interessa ao Estado. Greve é sempre um atraso, o que se perde durante o período de greve não se recupera na sua totalidade”, acrescentou.

Números “manipulados”

Ainda durante a entrevista, o deputado petista demonstrou não acreditar nos dados divulgados pelo Governo do Estado na manhã desta terça-feira (2) que apontam para o estouro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que diz respeito a gasto com pessoal (atingindo patamar de 61,72%, acima do permitido na legislação).

“Numero é número, cada um manipula do jeito que quer. Números podem ser manipulados”, resumiu. 

“Reitero: o que faltou foi diálogo. O Governo não sentou, não dialogou. Acho que ele está pensando que é brincadeira isso aí, pensando que ele vai dar um grito e todo mundo vai voltar para sala de aula. Não sei como vai resolver isso. Infelizmente é muito ruim para o Estado”, concluiu.

 

Camila Ribeiro e Douglas Trielli - Mídia News

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