Deputado Valdir Barranco faz da defesa das mulheres uma luta permanente contra a violência e a omissão do Estado em 2025
Combate ao feminicídio e cobrança por políticas públicas efetivas marcaram o ano do deputado
Em 2025, o deputado estadual Valdir Barranco reafirmou a defesa das mulheres como uma luta permanente do seu mandato, enfrentando não apenas a violência de gênero, mas também a omissão histórica do Estado diante do avanço dos feminicídios. Ao longo do ano, o parlamentar se posicionou de forma firme diante de números alarmantes que colocam o Brasil entre os países com maiores índices de assassinatos de mulheres por razão de gênero e Mato Grosso como um dos estados mais violentos nesse cenário.
Dados consolidados por órgãos de monitoramento e segurança pública indicam que Mato Grosso ultrapassou a marca de 50 feminicídios em 2025, superando o total registrado em todo o ano anterior. O estado passou a figurar no topo do ranking nacional quando se observa a taxa proporcional de feminicídios por número de habitantes, revelando uma realidade brutal: mulheres seguem sendo mortas, majoritariamente dentro de casa, por companheiros ou ex-companheiros, muitas vezes após um histórico de agressões e ameaças já conhecidas pelo poder público.
Para Barranco, cada feminicídio representa uma falha coletiva do Estado, que não conseguiu agir a tempo para proteger essas mulheres. Em discursos e manifestações públicas, o deputado foi enfático ao afirmar que nenhuma mulher deveria viver sob o medo constante da violência. Segundo ele, quando uma mulher é assassinada, a responsabilidade não pode ser atribuída apenas ao agressor, mas também à ausência de políticas eficazes de prevenção, acolhimento e proteção. Barranco lembrou ainda que grande parte das vítimas já havia sofrido violência anteriormente e, em muitos casos, chegou a procurar ajuda. “A denúncia precisa salvar vidas, não virar estatística fria em relatórios”, afirmou ao cobrar o fortalecimento da rede de proteção, com mais delegacias especializadas, casas de acolhimento, equipes multidisciplinares e políticas contínuas de prevenção.
Ao mesmo tempo em que cobrava ações concretas, o deputado criticou duramente a postura do governo estadual diante da gravidade do problema. Para Barranco, o governo de Mauro Mendes adota uma postura de minimização da tragédia ao atribuir o aumento dos feminicídios a fatores culturais ou históricos, sem assumir plenamente a responsabilidade pela formulação e execução de políticas públicas robustas. Na avaliação do parlamentar, reconhecer o problema sem ampliar investimentos, estrutura e ações efetivas não salva vidas e perpetua um ciclo de violência e impunidade.
Além do enfrentamento à violência física, Barranco também denunciou a violência política de gênero e a exclusão das mulheres dos espaços de decisão. Para ele, a sub-representação feminina compromete diretamente a qualidade da democracia e impede que políticas sensíveis à realidade das mulheres sejam tratadas como prioridade. “Sem mulheres na política, a democracia fica incompleta e injusta”, afirmou ao longo do ano, defendendo mais respeito, participação e igualdade.
No balanço de 2025, o deputado reafirmou que a defesa das mulheres não é uma pauta secundária nem circunstancial, mas um compromisso permanente do seu mandato. Em um estado marcado por índices elevados de feminicídio e pela falta de respostas estruturais do poder público, Barranco concluiu que não há espaço para silêncio ou recuo: “Nenhuma mulher a menos. Essa é uma luta que exige coragem, ação e responsabilidade do Estado todos os dias”.
Pedro Velasco
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