Barranco se licencia do cargo de deputado para concorrer ao Senado

A vaga foi ocupada pelo deputado estadual Henrique Lopes

Barranco se licencia do cargo de deputado para concorrer ao Senado

Fablicio Rodrigues / ALMT

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) oficializou, nesta quarta-feira (30), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, sua licença pelo prazo de 60 dias. O parlamentar concorrerá à vaga de senador da República deixada pela juíza aposentada Selma Arruda.

“O licenciamento não é necessário juridicamente, mas fundamental a esta disputa. Saio com a sensação de dever cumprido e muito disposto a ajudar Mato Grosso no Senado Federal. Em quatro anos de mandato, apresentei 241 projetos de lei, 79 projetos de resolução, 184 requerimentos e 2 PECs. Tenho 19 leis sancionadas, das quais 7 voltadas ao enfrentamento da Covid-19. Estou convicto de que sou o único representante na disputa que realmente defende o povo e os interesses do mais pobres”, disse o parlamentar.

A licença do deputado não será remunerada. “Portanto, não há indícios de uso da máquina pública na campanha, como tentam sugerir alguns adversários”, esclareceu Barranco aos jornalistas que cobriram sua última sessão.

Assumiu a vaga deixada por Barranco o deputado estadual Henrique Lopes (PT). O parlamentar obteve 18.300 votos na última eleição e ficou na primeira suplência do cargo. Professor e sindicalista, Lopes assume prometendo trabalhar em defesa das minorias.

“O professor Henrique Lopes é um parlamentar muito bem preparado. Professor e sindicalista, sempre esteve ao lado dos servidores da educação nas lutas de classe. Entra num momento muito importante na defesa da segurança para o retorno às aulas presenciais no nosso estado diante da pandemia. Assumirá também meu lugar a presidência da comissão permanente de educação da AL. Estou certo de que fará um excelente trabalho; espero que até o fim deste mandato, por mais dois anos, já que espero não retornar a casa, mas atuar no Legislativo federal”, disse barranco.

Valorização das etinias

Com a entrada de Henrique Lopes, o Parlamento quebra um período de 12 anos sem um representante negro, uma grande vitória à cidadania. A última vez em que uma pessoa negra ocupou uma das 24 cadeiras do Parlamento foi em 2008, quando chegou ao fim o mandato da professora Vilma Moreira. Em 20 anos, o Henrique é o terceiro. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 28,9% dos deputados estaduais e 42,1% dos vereadores eleitos em 2016 no Brasil são pretos ou pardos. 

“Em 2018 foram eleitos 27 governadores, nenhum deles era negro. É uma equação muito simples: menos negros ocupando espaços políticos e de liderança, significa mais esquecimento. Nosso lugar é ocupando os plenários. Também nos tribunais, mas como magistrados e não réus. É escancarando que muitos pretos estão longe de ocupar espaços de poder apenas por não terem condições financeiras ou políticas por estarem nas periferias. Mas, vamos provocar novas políticas públicas e corrigir isso”, dispara.

A atuação de Henrique, que por duas gestões esteve na presidência do Sintep-MT, maior órgão sindical de Mato Grosso, também terá a educação como um dos pilares.

“Vou defender de forma intransigente o direito dos trabalhadores e o cumprimento de todas as leis aprovadas em favor dos servidores públicos, principalmente dos profissionais da educação. Sem educação um país não progride”, afirmou.

Robson Fraga

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