Barranco participa de ato no IFMT e cobra responsabilidade dos homens no combate à violência contra as mulheres
Deputado esteve no evento “Eles por Elas” e reforçou que transformar as masculinidades é um dever de todos os homens para garantir a vida das mulheres

Ana Gonçalves - Assessoria
Em um ato de reflexão, coragem e compromisso coletivo, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) participou, nesta quarta-feira (2), do evento “Eles por Elas – Diálogo sobre Masculinidade e o Enfrentamento à Violência contra as Mulheres”, realizado no campus Cuiabá Octayde Jorge da Silva do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
Ao lado de lideranças como o presidente da Conab, Edegar Pretto, da ex-deputada federal e diretora-administrativa do órgão, professora Rosa Neide, do representante do reitor do IFMT, pró-reitor professor Frankes, e do representante da Direção-Geral do campus Cuiabá, professor Valtenir Nascimento, Barranco ajudou a conduzir uma roda de conversa que provocou reflexões profundas sobre o papel dos homens na luta contra o machismo estrutural.
“Falar sobre masculinidade é mexer em estruturas antigas e muitas vezes violentas. Mas nós, homens, precisamos assumir o nosso lugar nessa luta. O silêncio masculino é cúmplice da violência contra as mulheres. E nós não podemos mais ser cúmplices”, afirmou Barranco, em tom firme.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, o Brasil registrou 1.463 feminicídios — um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior. Em média, uma mulher é morta a cada 6 horas no país por ser mulher. Em Mato Grosso, a violência também tem números alarmantes: foram 41 feminicídios registrados apenas no último ano, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
O evento, organizado no IFMT, reuniu estudantes, professores e representantes da sociedade civil. A proposta foi dialogar sobre como as masculinidades são construídas na sociedade e como elas influenciam diretamente os altos índices de violência de gênero no Brasil.
“É preciso desconstruir a ideia de que ser homem é ser violento, dominador ou insensível. Não há democracia verdadeira onde há mulheres morrendo simplesmente por existirem. Essa é uma luta por humanidade, e nós homens precisamos ser protagonistas dessa mudança”, completou Barranco.
Rosa Neide, também reforçou a importância de espaços institucionais para promover esse tipo de debate. “A educação tem um papel crucial na formação de novas masculinidades. O que fazemos aqui hoje é plantar sementes de transformação”, disse.
Já o presidente da Conab, Edegar Pretto, lembrou que o enfrentamento à violência contra as mulheres precisa de políticas públicas e de mudança cultural. “Não basta punir depois que a tragédia acontece. Precisamos agir na raiz do problema, e essa raiz está na cultura machista que ainda domina muitos espaços”, declarou.
O evento “Eles por Elas” foi um chamado à ação. Mais que discursos, o que se viu no auditório do IFMT foi o compromisso de construir uma nova cultura, onde homens deixam de ser parte do problema para se tornarem parte da solução. “Seguiremos firmes. Por todas as mulheres que resistem. Pelas que não estão mais aqui. E por uma sociedade onde ninguém precise mais lutar para apenas existir”, finalizou Barranco.
Pedro Velasco
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