Barranco denuncia governo Mauro Mendes por corrupção, abandono e perseguição durante discurso na ALMT

Deputado denuncia escândalos, perseguições e abandono no governo de Mato Grosso

Barranco denuncia governo Mauro Mendes por corrupção, abandono e perseguição durante discurso na ALMT

Durante sessão plenária nesta quarta-feira (14), o deputado estadual Valdir Barranco (PT) fez um pronunciamento contundente na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, acusando o governador Mauro Mendes de liderar um projeto deliberado de desmonte dos serviços públicos, perseguição à liberdade de imprensa e favorecimento a interesses privados, com uma série de escândalos de corrupção e negligência institucional.

Barranco iniciou seu discurso com um grito de indignação: “Mato Grosso, basta de corrupção, abandono e perseguição”. Segundo ele, o atual governo "governa de costas para o interesse público", e o que acontece no Estado "não é apenas descaso, mas um projeto perverso de destruição da educação, da saúde, da liberdade de imprensa, do meio ambiente e da agricultura familiar”.

Ele denunciou com veemência a chamada “Operação Fake News”, que teve como alvos jornalistas como Alexandre Aprá, Enock Cavalcanti e Marco Polo de Freitas, por denunciarem irregularidades da atual gestão. “Transformaram jornalistas em inimigos do Estado apenas por cumprirem seu dever de informar. Isso é intolerável em qualquer democracia minimamente séria”, afirmou o deputado, lembrando que foi necessário o Supremo Tribunal Federal intervir para assegurar a liberdade de imprensa, direito que classificou como “pilar sagrado da democracia”.

A educação pública também foi alvo das críticas de Barranco, que apresentou dados do INEP revelando que Mato Grosso tem um dos piores índices de ensino integral do Brasil. “Apenas 4,1% das crianças da pré-escola têm jornada integral! Estamos entre os piores do país. Isso não é falta de gestão, é sabotagem do futuro”, criticou. Ele apontou ainda que apenas 25% dos professores da rede estadual são efetivos. “Precarizam o ensino, humilham os educadores e enfraquecem a educação pública de forma proposital”, afirmou.

Na área da saúde, o deputado acusou o governo de entregar hospitais estaduais a Organizações Sociais de Saúde (OSS), investigadas por fraudes em licitações e contratos superfaturados. Segundo ele, a “Operação Espelho” já bloqueou mais de R$ 35 milhões em bens de empresas envolvidas. “Milhões foram desviados em plena pandemia, enquanto nosso povo morria nas filas dos hospitais! Isso é criminoso”, denunciou.

Barranco também apontou um quadro generalizado de corrupção e impunidade, afirmando que dezenas de denúncias contra o governador Mauro Mendes já foram apresentadas por órgãos como o Ministério Público, a Controladoria Geral da União e os Tribunais de Contas. “Um governo que diz ter tolerância zero com a corrupção, mas que está atolado até o pescoço em escândalos, não engana mais ninguém”, afirmou. Ele destacou como exemplo a substituição do projeto do VLT pelo BRT, que, segundo ele, se transformou em um “balcão de negócios”.

O parlamentar também denunciou o desmonte da EMPAER (Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), com fechamento de escritórios regionais, desmobilização de áreas experimentais e perseguição a servidores públicos. “Fecham escritórios, perseguem técnicos, desmontam décadas de ciência e assistência ao pequeno produtor”, afirmou. Em tom de indignação, revelou que quase R$ 600 mil foram gastos em uma festa organizada pela presidência da empresa. “Enquanto perseguem servidores e abandonam o campo, fazem festas milionárias com dinheiro público. Isso é um tapa na cara do trabalhador”, completou.

O meio ambiente também foi citado, com acusações de que o governo perdoou multas milionárias por desmatamento ilegal e liberou fazendas embargadas, conforme revelou a imprensa nacional. “Estão legalizando o crime ambiental em nome dos grandes interesses econômicos. É um governo que negocia a natureza como se fosse mercadoria de feira”, disse Barranco.

O deputado encerrou sua fala com um chamado à resistência da sociedade mato-grossense. “Por cada escola fechada, abriremos uma trincheira de luta. Por cada servidor perseguido, haverá uma voz erguida. E por cada centavo desviado, cobraremos com justiça”, declarou. “Mato Grosso é maior do que esse projeto autoritário, elitista e excludente. O povo vai se levantar, e quando isso acontecer, a história vai mudar”, concluiu.

Pedro Velasco

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