O deputado estadual Valdir Barranco (PT) afirmou, durante audiência pública, realizada nesta segunda-feira (23), na Escola Professora Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, que vitória contra o processo de militarização da instituição é um marco histórico para toda a comunidade escolar de Mato Grosso e que lugar de polícia não é dentro da escola, e sim nas ruas.

“É uma conquista que representa que quando a comunidade escolar é ouvida, em um processo democrático, ela pode fazer a sua própria escolha. Quisera que todas as outras militarizações de escolas de Mato Grosso tivessem essa oportunidade. As escolas que foram militarizadas, anteriormente, não foram ouvidas. Aqui na Adalgisa aconteceu isso porque a comunidade, muito sensível e consciente, se organizou, principalmente, pela força da juventude”.

O parlamentar exaltou a força e união de todos os estudantes com a comunidade escolar do município. “Sem dúvida nenhuma, se não houvesse essa mobilização e vibração da juventude, essa vitória não teria ocorrido. É a demonstração de que a pujança da comunidade, quando tem consciência de seus direitos e luta por eles, pode prevalecer. A juventude antenada, organizada e exigindo seu direito de ser ouvida foi que impediu que houvesse qualquer manipulação e trouxe um resultado positivo, histórico e um marco para que, de agora em diante, todas as escolas que tiverem esse processo vão olhar para a Adalgisa como exemplo a ser seguido”, apontou.

Barranco apontou que, a partir de agora, a luta da Adalgisa servirá como modelo para todas as instituições que se virem envolvidas nesse processo. “Os estudantes, através de sua consciência e sabedoria, fizeram com que o Estado aceitasse fazer uma votação democrática. A comunidade escolar votou e disse não à militarização e sim a educação pública democrática para todos e todas De hoje em diante, o exemplo da Adalgisa vai servir para toda e qualquer escola que eles quiserem militarizar em todo o Estado”.

Por fim, o deputado questionou a presença de muitos policiais durante a realização da audiência pública. “Eu não sei o que a polícia está fazendo aqui. Aqui é uma escola. É um lugar da democracia, da civilidade. Aqui não é espaço de policial. Local de policial é na rua combatendo crimes. Escola é lugar de estudantes, professores, dos pais e da comunidade escolar”, afirmou.