O deputado estadual Valdir Barranco (PT) usou a tribuna do Plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (Almt) para apresentar um requerimento, destinado ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), e a secretária de Agricultura Familiar (SEAF), Teté Bezerra, cobrando providências e informações sobre a obra do prédio da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), que está paralisada desde 2014.

No documento, apresentado durante a última sessão, o parlamentar traz algumas questões que a gestão estadual precisa sanar. “Apresentei esse pedido para que o governo tire as nossas dúvidas quanto ao abandono e descaso total, mais uma vez, com a Empaer e os agricultores e agricultoras familiares de Mato Grosso. Nós queremos saber: 1) Qual o cronograma para a execução da obra; 2) Qual o prazo de encerramento da reforma/obra; 3) Por qual motivo ainda não foi entregue a referida obra/reforma; 4) O que falta para que se encerre e quem é o servidor responsável pelo prosseguimento deste assunto junto ao Governo Estadual; 5) Qual valor do gasto total e o quanto já foi pago? 6) O que já foi feito na obra?”, apontou.

Barranco lembrou ainda que não é a primeira vez que o governo de Mauro Mendes trata a Empaer de maneira desleixada e como se não tivesse importância. “A produção campesina não é só entregar máquinas atrás de máquinas e deixar o povo largado à própria sorte. Ela precisa de estudos, pesquisas e assistência rural. Infelizmente, coisas que a atual gestão estadual não quer e nem pensa em realizar. Não podemos nos esquecer que Mauro Mendes quis extinguir a Empaer e, quando não conseguiu, decidiu exonerar diversos funcionários que já tinham mais de 30 anos dedicadas ao campo”, afrimou.

Paralisada desde 2014, a obra é resultado de um Convênio de 2010, entre o Governo Federal, via Ministério do Desenvolvimento Agrário– MDA, e o Governo do Estado de Mato Grosso, através da Secretaria de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários. Ela deveria ter sido entregue em 2013, mas por falta de acordo entre a construtora e o Governo do Estado com referência a disponibilidade de recursos financeiros para atendimento aos reajustes previstos em lei.

“Nós sabemos que apenas 8% da obra foi realizada. Isso é uma vergonha. É a confirmação do descaso com a agricultura familiar de Mato Grosso, que é a maior responsável por colocar comida na mesa de todos e todas as mato-grossenses. Mais de 70% dos alimentos consumidos em todo o Estado são produzidos pelas mais de 104 mil famílias de agricultores e agricultoras. Isso não pode ser feito da forma que está sendo”, finalizou Barranco.