Barranco cobra governo sobre falha que impede pagamento de servidores da educação em MT
Deputado denuncia inconsistência no sistema que prejudica trabalhadores e exige solução imediata

A crise na educação de Mato Grosso ganha mais um capítulo preocupante. O deputado estadual Valdir Barranco (PT) apresentou, na última quarta-feira (12), o Requerimento nº 59/2025, exigindo explicações do Secretário de Estado de Educação, Alan Porto, sobre uma falha no sistema que impediu a geração das folhas de rescisão de servidores temporários. A inconsistência ocorreu quando a licença médica dos profissionais coincidiu com o fim do contrato, deixando-os sem receber seus direitos trabalhistas.
Para Barranco, essa situação é inadmissível e evidencia o descaso do governo estadual com os trabalhadores da educação. “O Estado tem a obrigação de garantir que os servidores recebam corretamente o que lhes é devido. Não podemos aceitar que falhas administrativas prejudiquem aqueles que dedicam suas vidas ao ensino”, afirmou o parlamentar.
A ausência da folha de rescisão deixou diversos servidores em situação financeira instável, sem qualquer previsão para o pagamento das verbas rescisórias. Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), mais de 1.500 profissionais da educação temporários enfrentaram dificuldades semelhantes nos últimos dois anos, devido a falhas burocráticas e atrasos no pagamento.
Além disso, especialistas apontam que a precarização dos contratos temporários na educação estadual tem levado a um ciclo de instabilidade, tanto para os professores quanto para os alunos. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Mato Grosso apresenta uma das mais altas taxas de rotatividade de docentes no Brasil, com cerca de 35% dos professores atuando de forma temporária.
Diante desse cenário, o deputado cobra urgência na solução do problema e exige que o governo preste esclarecimentos sobre a falha. “Queremos saber o que levou a esse erro, quais medidas serão tomadas para resolvê-lo e quando os servidores receberão o que lhes é devido. Não se pode tratar o trabalhador com tamanho descaso”, declarou.
O requerimento protocolado por Barranco reforça a necessidade de transparência e compromisso do governo estadual com a educação. A resposta do Secretário Alan Porto ainda é aguardada, mas a pressão sobre a gestão estadual para corrigir a falha já cresce entre os servidores afetados e a sociedade civil.
Pedro Velasco
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