Iphan e UFMT lançam projeto de conservação em Cuiabá para famílias de baixa renda
Um investimento de R$ 5,5 milhões será destinado ao projeto na capital mato-grossense
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficializou na última quinta-feira (28) o início do projeto Canteiro-Modelo de Conservação em Cuiabá. A cerimônia, realizada no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), marca a colaboração entre o Iphan e a universidade para implementar esse projeto voltado para famílias de baixa renda que residem em áreas históricas, como o centro de Cuiabá. Um investimento de R$ 5,5 milhões será destinado ao projeto na capital mato-grossense.
Os Canteiros-Modelo de Conservação já beneficiaram várias cidades em todo o país. A iniciativa oferece assistência técnica gratuita às famílias com renda de até 3 salários mínimos para restauração de suas propriedades. Além disso, o projeto visa abordar questões relacionadas à infraestrutura urbana, saneamento básico e acessibilidade das residências atendidas, tudo em conformidade com as diretrizes de conservação que mantêm a importância dessas unidades dentro dos conjuntos urbanos tombados.
A parceria estratégica com Instituições de Ensino Técnico e Superior Federais, apoiadas pelas Prefeituras Municipais, permite a qualificação da mão de obra local para as obras. No caso de Cuiabá, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFMT é a instituição parceira do projeto.
Cassiana Oliveira, Superintendente do IPHAN em Mato Grosso, expressa sua felicidade pelo lançamento do projeto, enfatizando a importância de receber as comunidades dos centros históricos e que é possível que um projeto desse seja realizado”. E estar nesse espaço, preservar esse espaço, preservar o Centro Histórico, é fundamental para a nossa história, para nós enquanto cuiabanos, moradores ali ou não. Mas nós como cuiabanos, como nós fomos construídos, o que que a gente quer passar, o que a gente quer levar para os nossos filhos. Então, o Centro Histórico é um espaço de ocupação, mas também de história que a gente tem que preservar. Porque a estratégia dos dominadores, que são minorias que querem ser na maioria dominadora, é justamente essa, destruir a nossa história. Por isso que é importante a gente estar fazendo essa preservação, estar nesses espaços e então ocupando o que existiu”.
As dimensões do programa têm como objetivo também englobar a promoção do patrimônio imaterial, preservar o patrimônio arqueológico, promover educação patrimonial, recuperar imóveis e conjuntos urbanos e realizar obras em territórios vulneráveis. O Programa Patrimônio Cidadão, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), está atuando em Mato Grosso através do projeto Canteiro-Modelo de Conservação, mas também em outros nove projetos, que incluem preservação de patrimônios imateriais de povos indígenas, restauração do Casarão de Bem Bem e muito mais.
A cerimônia de lançamento conta com a presença do reitor da UFMT, Evandro Aparecido Soares da Silva, o Pró-Reitor de Cultura, Extensão e Vivência, Fabrício Carvalho, o diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, Andrey Schlee, e o coordenador-geral de Conservação do Iphan, Paulo Farsette.
Canteiro-Modelo de Conservação em Cuiabá (MT)
Com investimento de R$ 5,5 milhões, o Canteiro-Modelo de Conservação é resultado de Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre o Iphan e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Juntas, as instituições prestarão assistência na restauração de imóveis localizados em conjuntos tombados e habitados por famílias de baixa renda.
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